quinta-feira, 2 de outubro de 2014

JOSÉ MATIAS PEREIRA - OS MOTIVOS DO FRACASSO DO GOVERNO DILMA ROUSSEFF

A sociedade brasileira se encontra cada vez mais apreensiva com o futuro. Essas preocupações decorrem do baixo desempenho da economia, inflação elevada e uma gestão pública emperrada, que se mostra incapaz de atender de forma adequada as demandas da sociedade.
    A percepção da população, de que o cenário socioeconômico e político estão se agravando, contribui para aumentar o desejo de mudanças na forma de governar e de fazer política no país.
   Os problemas econômicos do país têm as suas origens no segundo governo Lula, que a partir de 2009, foi se afastando de forma gradativa do tripé econômico que sustentava o Plano Real: metas de inflação, controle fiscal e câmbio flutuante.
  Essa política foi adotada pelo governo Dilma Rousseff , que implementou em seguida a "nova matriz macroeconômica", se distanciando ainda mais do tripé.    Esses ajustes não foram capazes de aumentar a taxa de investimento, nem de elevar a participação da indústria na economia.
   O descontrole das contas públicas por meio de uma política fiscal frouxa estimulou o aumento da demanda, baixando o nível de poupança pública, necessárias para os investimentos. Os elevados déficits em transações correntes no quadriênio (R$270 bilhões), e o aumento da dívida bruta, por despesas parafiscais ou repasses do Tesouro para bancos públicos foram recorrentes no governo Dilma.
   A política monetária exercida com voluntarismo para a redução dos juros fracassou, as taxas de juros Selic subiram para 11% ao ano. Apesar disso, a inflação permanece estacionada no teto da meta de 6,5%, com perspectivas de elevação.
    Os indicadores econômicos evidenciam que o governo Dilma vai encerrar o seu quadriênio (2011-2014), de forma melancólica: uma inflação acumulada de 27% em quatro anos, crescimento do PIB per capita que soma 3,5%, e a pior taxa média anual de crescimento da economia, próxima de 1,7%, a mais baixa nos últimos 20 anos.
    Observa-se que o fracasso de sua gestão foi resultado de decisões econômicas equivocadas, ao insistir em manter o estímulo à atividade por meio do consumo, agravado pela demora em incentivar os investimentos em infraestrutura no país, notadamente por meio de concessões.
   Assim, o governo Dilma será lembrado pelo baixo crescimento do PIB, inflação alta e déficits elevados em conta corrente, cujos efeitos negativos irão repercutir no nível de emprego e da renda no próximo governo.
   O governo, em nome da governança, também aparelhou o Estado, por meio da entrega fisiológica dos ministérios e das empresas públicas para os filiados do partido dos trabalhadores, bem como a partidos políticos aliados, sem levar em consideração a competência e a postura ética desses gestores.
    Essa decisão equivocada contribuiu para o baixo nível de desempenho da administração pública, comprometidos por desperdícios e escândalos de corrupção que permearam a atual gestão.
   É sabido que a retomada do crescimento da economia brasileira - que passa pelo aumento de produtividade - demandam tempo e investimentos, e em particular, um elevado nível de credibilidade do governante.
    Isso vai exigir dos eleitores escolhas criteriosas nas eleições que se aproximam. Infelizmente para a população, os erros graves que foram cometidos pelo atual governo, com a adoção de uma política econômica inconsistente e uma gestão pública travada, irão repercutir negativamente na economia e na vida da população nos próximos anos.

QUESTÕES:
1)O que será lembrado do governo de Dilma?
R:Será lembrado pelo baixo crescimento do PIB, inflação alta e déficits elevados em conta corrente, cujos efeitos negativos irão repercutir no nível de emprego e da renda no próximo governo.

2)Cite um argumento científico.
R:[...] a inflação permanece estacionada no teto da meta de 6,5%, com perspectivas de elevação.
    Os indicadores econômicos evidenciam que o governo Dilma vai encerrar o seu quadriênio (2011-2014), de forma melancólica: uma inflação acumulada de 27% em quatro anos, crescimento do PIB per capita que soma 3,5%, e a pior taxa média anual de crescimento da economia, próxima de 1,7%, a mais baixa nos últimos 20 anos.

3)O texto foi feito antes das eleições e o autor diz que os eleitores devem ser criteriosos na hora de votar. Agora, após as eleições, pode-se dizer que os eleitores foram criteriosos?
R:Não,porque o povo repetiu o mesmo erro de 4 anos atrás e agora tudo que aconteceu nesses 4 anos perdidos,vão se repetir porque o povo não soube escolher o seu representante.

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